A Nokia divulgou hoje, 25, seus resultados para o segundo trimestre do ano. A companhia aumentou as vendas em 7%, alcançando receitas de € 5,6 bilhões. A divisão de redes cresceu 8%, para € 4,4 bilhões, e continua a ser a principal unidade da companhia, graças à forte demanda em quase todas as regiões do mundo por infraestrutura de maior capacidade, em preparação para a 5G.

Apesar do crescimento em receita, houve prejuízo líquido de € 191 milhões. O valor é inferior à perda de € 271 milhões registrada um ano antes. Para a companhia, o número mostra melhora e reflete os esforços de contenção de despesas.

A Nokia aumentou as vendas em quatro das seis regiões em que tem negócios. O maior crescimento relativo se deu na América Latina, com expansão de 17% nas receitas, que alcançaram € 359 milhões. A América do Norte, onde cresceu 13%, continua como principal mercado. Ali o grupo faturou € 1,75 bilhão. As vendas declinaram 2% na China (€ 515 milhões) e 1% na região Oriente Médio e África (€ 441 milhões). Na Europa o avanço foi de 4%, para € 1,6 bilhão, e na Ásia, de 9%, para € 1 bilhão.

As operadoras de telecomunicações seguem como principais clientes da companhia. Foram responsáveis por comprar € 4,75 bilhões da Nokia no segundo trimestre, 8% mais que um ano antes. As vendas para outras empresas também cresceram. As compras corporativas aumentaram também 8%, para € 318 milhões. E o licenciamento tecnológico aumentou 9%, para € 383 milhões.

As subsidiárias Alcatel Submarine Networks, que faz projetos de implantação de cabos submarinos, e a  fabricante Radio Frequency Systems (RFS) faturaram em conjunto menos do que no segundo trimestre de 2018. Tiveram receita de € 238 milhões, 11% menor.

PREVISÃO PARA O ANO

A companhia diz no balanço que espera crescimento neste ano. Revisou a posição do primeiro trimestre, na qual previa estagnação na América do Norte. Diz agora que a região vai crescer, puxada pela demanda por redes de alta capacidade. Em 2020 essa demanda continuará.

A mudança se deve, em parte, à guerra comercial travada entre Estados Unidos e China, que resultou no banimento da Huawei do mercado estado-unidense. “Alguns clientes estão revendo seus fornecedores à luz de preocupações com segurança”, ressalta a Nokia no balanço.

Enquanto isso, a assinatura de contratos aumenta. A Nokia afirma que tem 45 acordos comerciais firmados para instalação de redes 5G. Ao menos 9 dos contratos já se traduzem em redes ativadas.

Deixe seu Comentário